Bate-papo com o baixista Edson Barreto (Leonardo)
Saudações!
O bate-papo da vez é com o contrabaixista
Edson Barreto, músico que passeia com desenvoltura por vários estilos musicais,
atualmente acompanha o cantor sertanejo Leonardo em shows nacionais e
internacionais. Além disso, constam em seu currículo trabalhos ao lado de
artistas consagrados como Chrystian e Ralf, Zezé di Camargo e Luciano, Zezé
Motta, Agnaldo Rayol, Agnaldo Timóteo e muitos outros. Importante mencionar que
ele mantém um canal muito bacana sobre contrabaixo no YouTube através do qual
ensina, de maneira didática, como tocar as linhas de baixo de alguns clássicos
da música nacional e internacional.
Aproveitamos
o espaço para agradecê-lo pela participação.
Vamos
ao bate-papo.
Edson
Barreto: Nasci em uma família de músicos. Meu pai é
músico, somos cinco irmãos (três deles são músicos profissionais), além de
primos que também são músicos. Enfim, acho que não tive muita escolha (risos).
Você
estudou no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos
(Conservatório de Tatuí) e estudou com os renomados contrabaixistas Celso
Pixinga e Itamar Collaço. Como foram essas experiências? Qual a importância do
estudo formal no desenvolvimento do músico?
Edson
Barreto: Poder estudar e conhecer profissionais como
esses que você citou e também os grandes músicos com quem tive a honra de
trabalhar serve de combustível para sempre querermos melhorar. É uma coisa que
não tem preço.
Em relação à importância do estudo, acredito
que a formação do músico deve ser feita como a de qualquer profissional, acho
de extrema importância o músico se alfabetizar (leitura e escrita musical). No
meu caso, como não sou autodidata, as pessoas que me guiaram no aprendizado foram
fundamentais.
Quais são seus contrabaixistas favoritos?
Edson
Barreto: Minhas primeiras influências foram o Steve
Harris (Iron Maiden) e o Sting (The Police), percebi através deles o
contrabaixo com bastante destaque e isso me cativou muito. Depois, conhecendo
outros universos musicais, descobri o Jaco Pastorius, John Patitucci, Charles
Mingus, Pixinga, Nico Assumpção, Artur Maia, Victor Wooten, e aí a lista se estende...
Qual é a principal característica que o session man/músico de estúdio deve apresentar?
Edson
Barreto: Como disse acima, música é uma profissão
como qualquer outra, então se portar de uma forma profissional, sempre. Além
disso, chegar no horário, possuir equipamento bom, fazer manutenção nos
equipamentos para sempre estarem em condições de uso. Outra coisa é saber se
portar em cada trabalho, existem trabalhos em que você é chamado para ter uma
participação mais ativa (colocar suas ideias), mas existem aqueles em que você
é chamado apenas para tocar, saber diferenciar isso é muito importante.
Até agora, qual foi o momento mais marcante em sua carreira
como músico?
Edson
Barreto: Não sei pontuar apenas um momento, pois
cada nova conquista é muito importante. Entretanto, posso citar algumas: a
primeira vez que subi ao palco, com 14 anos de idade, com minha banda de rockabilly; o primeiro show com
Chrystian e Ralf; quando fui como substituto no Zezé di Camargo e Luciano;
quando comecei a tocar com o Leonardo; assistir ao show do Paul McCartney.
Pergunta polêmica para contrabaixistas: Jazz Bass ou
Precision?
Edson
Barreto: Essa é difícil de responder (risos), como
minha formação é voltada mais para o rock, deveria ser o Precision, mas acho
que tenho uma queda maior pelo Jazz Bass. Vai explicar...
Você coleciona contrabaixos? Tem algum favorito?
Edson
Barreto: Não coleciono. O tempo e o dinheiro não
permitem (risos). Entre os modelos que possuo e os que possui, os que mais me
marcaram foram: Music Man Sting Ray, Music Maker Jazz Bass, Music Maker
Precision, Fretless Ibanez Gary Willis, Warwick, Fender Jazz Bass 78.
Além de utilizar contrabaixos de marcas consagradas
internacionalmente, vi que você usa alguns modelos custom shop fabricados pelo luthier Ivan Freitas, da Music Maker.
Qual é a grande vantagem em possuir um instrumento custom shop? Você gosta de acompanhar e estudar sobre os pormenores
do instrumento?
Edson
Barreto: Quando fiz meu Jazz Bass com o Ivan (Music
Maker), pedi a ele um modelo o mais tradicional possível, com quatro cordas,
captação passiva e um detalhe importante: eu queria um instrumento leve, pois
meu Fender 78 pesava uma tonelada. Quando ficou pronto, o timbre, a sonoridade,
o acabamento e a leveza do instrumento me impressionaram tanto que fiz outro
baixo com ele, desta vez um Precision com cinco cordas. A vantagem de se ter um
instrumento custom é que você pode
fazer exatamente o que você deseja, desde madeira, captação, acabamento, enfim,
tudo.
Não sou um estudioso dos pormenores do
equipamento, sei apenas o básico. Ah! Gosto do som da escala escura, isso eu
sei (risos).
Você
mantém um canal bem legal no YouTube ensinando como tocar as linhas de
contrabaixo de diversos clássicos da música. Como tem sido a receptividade desse
trabalho?
Edson
Barreto: Quando o canal começou, colocava apenas
alguns vídeos ocasionalmente, foi quando tive a ideia de compartilhar minhas
influências, tanto as antigas quanto as mais recentes, e comecei a gravar estes
vídeos de grooves incluindo neles a
partitura, a tablatura, tocando no andamento da música e depois em um andamento
mais lento, possibilitando a quem está estudando, uma melhor compreensão. E a
repercussão foi muito boa, recebo muitos elogios, muitos comentários e ideias. Está
muito legal, tanto que a partir do começo deste ano comecei a postar duas vezes
por semana, toda segunda e quinta. Gostaria de convidar a todos para visitarem
meu canal, segue o link: https://www.youtube.com/edsonbarretobass
.
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